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Engenharia civilLíderes inovadoresUnEarthed – transformação digital

Por que a engenharia civil precisa enfrentar o problema?

By fevereiro 28, 2018agosto 14th, 2022No Comments

Esta história é apresentada no relatório UnEarthed – transformação digital

A Instituição de engenheiros civis (ICE, Institution of Civil Engineers) acha que o setor de construção civil tem um longo caminho a percorrer para aproveitar o potencial de transformação digital e precisa enfrentar a jornada. Mas o mundo digital não pode destronar o engenheiro humano.

No início deste ano, o ICE emitiu o relatório State of the Nation sobre a transformação digital (com foco na infraestrutura do Reino Unido).

Esse relatório aponta que não apenas o setor precisava adotar novas abordagens digitais integradas para gerenciar e operar os ativos existentes, além de construir a infraestrutura futura, mas todos nós precisávamos começar a pensar em algo além do ativo físico. O relatório também destaca a busca do setor pelo potencial do gêmeo digital da infraestrutura (todos os dados e informações associados) e o que ele pode revelar.

“O ritmo das mudanças nos processos e nas tecnologias digitais significa que os responsáveis pelas infraestruturas precisam ser mais ágeis e se adaptar às mudanças de forma pragmática,” destaca o relatório (que menciona 50 organizações pelo suporte na preparação).

Progresso lento e estatísticas complexas
No entanto, o ICE concluiu que o setor de infraestrutura demorou a se envolver com novas tecnologias digitais em comparação a outros setores, e salienta que um índice da McKinsey sobre setores-chave “mostrou que a classificação do setor de construção ficou imediatamente acima do setor de agropecuária”.

Na verdade, mais de 60% das empresas que operam na Europa e no Oriente Médio foram classificadas como ‘acompanhando o setor’ ou ‘fora da curva’ em relação a adoção de tecnologia. “Isso significa que o nosso setor ainda não aproveitou todos os benefícios de produtividade e inovação da transformação digital que foram desfrutados por outros setores.”

O ICE também mencionou o intenso debate sobre como a automação e o desenvolvimento de projetos padronizado transformariam a profissão de engenharia civil. Isso ainda pode ser dito de forma moderada, já que algumas áreas do setor ainda têm receio, e em certos casos com razão, de uma demanda frenética rumo ao ambiente digital.

Essa Instituição reconheceu que havia um equilíbrio a ser atingido entre os benefícios da tomada de decisão automatizada e do desenvolvimento de projetos padronizado, e a experiência do engenheiro humano.

“Embora os dados e os processos possam ser padronizados, a aplicação eficaz das informações ainda requer avaliação. O tempo gasto anteriormente em tarefas orientadas por processos poderia ser aplicado aos aspectos de inovação e estética que a automatização não vai oferecer.” Equipes mais qualificadas, especialmente em habilidades pessoais, seriam essenciais para garantir que este valor humano não fosse apenas retido mas aumentado em um setor em processo de mudança.

No entanto, as fronteiras entre as disciplinas de engenharia, tecnologia e dados não serão claras e, provavelmente, os requisitos de desenvolvimento de habilidades digitais só serão mais ágeis com o tempo.

A necessidade de infraestrutura para melhorar a produtividade
No caso do Reino Unido, o foco do relatório foi especificamente a produtividade. (A classificação do Reino Unido foi muito ruim neste aspecto, que foi 35% abaixo da Alemanha e 18% abaixo da média do G7). “O Reino Unido precisa de uma infraestrutura que permita produtividade e um setor de infraestrutura mais produtivo”, reportou o ICE comentando que a transformação digital tem a capacidade de aumentar o desempenho de ativos novos e existentes “durante todo o seu ciclo de vida”.

Entre muitas recomendações, o relatório observa que clientes, empresas contratadas e governo devem usar grandes projetos de infraestrutura como incubadoras para competências e inovação. E os clientes devem exigir padrões de interoperabilidade de dados em todo o programa/grupo de projetos como parte do processo de aquisição. “Os padrões de dados para promover interoperabilidade devem ser priorizados para tornar os dados adequadamente acessíveis e utilizáveis em todas as plataformas.”

“O melhor uso de tecnologia inteligente, dados e análises nos setores de construção e engenharia oferece oportunidades para enfrentar desafios persistentes aproveitando recursos antes inexplorados, melhorando a tomada de decisões e reduzindo o desperdício de recursos.”

O ICE acredita que com a abordagem correta, o setor de infraestrutura pode se tornar um setor atraente para analistas de dados e profissionais de TIC. Mas é necessário reconhecer a necessidade e o valor dessas habilidades e também garantir que elas sejam incorporadas de maneira integrada.