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Vídeos de lava vermelha fluindo do vulcão Fagradalsfjall, na Islândia, são inspiradores. Bastien Poux, geólogo de geotermia, usou o software Leapfrog Geothermal da Seequent para modelar a atividade na subsuperfície e ver como ele se formou.

Ele explicou que “a Islândia é conhecida como a terra do fogo e do gelo, e está localizada no limite das placas tectônicas da América do Norte e da Eurásia.

A geologia desse país insular é caracterizada pela intensa atividade vulcânica, que ganhou as manchetes na última década.”

O seu vulcão em atividade mais recentemente recebeu mais atenção. E para saber como isso ocorreu, Bastien precisou compreender a atividade prévia.

Quando os vulcões despertam

Com calçadas aquecidas nas cidades, energia geotérmica e fontes termais, o mundo sabe que a Islândia é um país quente. E essa condição não é conveniente para os viajantes.

Em 2010, em Eyjafjallajökull, no sudeste da Islândia, uma erupção violenta lançou cinzas na atmosfera por toda a Europa. Como consequência, o tráfego aéreo foi interrompido por vários dias. O contexto geológico desse vulcão e o fato de ter sido coberto por uma geleira causaram a enorme erupção.

Entre 2014 e 2015, o Bardarbunga, localizado no centro do país, se manteve em erupção. Esse vulcão também surgiu abaixo de uma geleira, mas acabou se tornando uma erupção de fenda menos violenta no flanco do vulcão, que criou um campo de lava em uma área denominada Holuhraun.

A erupção mais recente, em 2021, ocorreu em uma região denominada península de Reykjanes. Nessa área, mais ao sudoeste da Islândia, estão localizadas as famosas fontes termais Blue Lagoon Spa e o aeroporto internacional de Keflavik.

O local da nova erupção está a aproximadamente 80 km da capital do país, Reykjavik, e pode ser facilmente acessado após uma curta caminhada a partir de uma estrada local. Ele tem atraído pesquisadores e turistas com seus espetaculares shows de lava.

Por que aqui? Por que agora?

Como a maior parte da Islândia, a península de Reykjanes é o resultado do vulcanismo abaixo das geleiras devido à fenda da cordilheira meso-atlântica, onde duas placas tectônicas se separam e permitem o surgimento de rochas quentes das profundezas da Terra.

A região pode ser dividida em seis principais sistemas vulcânicos paralelos. A erupção atual ocorre no sistema Fagradalsfjall.

Nessa área, as erupções são bastante raras e a última documentada foi durante o século 8 ou 9, antes da colonização da Islândia, e terminou em meados do século XIII.

“Apenas dois períodos eruptivos mais antigos são razoavelmente conhecidos por estudos geológicos com um intervalo em torno de 800 anos. Com base nesses dados, era provável que uma erupção ocorresse durante o século atual. É importante observar que as erupções nessa região podem durar décadas ou mais”, destacou Bastien.

Geralmente, a nova lava surge de fraturas orientadas a N40° ao longo da direção da fenda, e os fluxos de lava podem cobrir áreas extensas e fluir por dezenas de quilômetros até chegar ao oceano.

No entanto, ninguém pode prever com precisão a duração dessa erupção; e as erupções podem permanecer suspensas durante um período eruptivo e depois ressurgir com intensidade.

Um sistema para aviso sobre atividades sísmicas

A Islândia monitora com muita atenção toda a atividade tectônica para ajudar a garantir a segurança e aprender mais sobre vulcanismo. Como geólogo de geotermia, Bastien visitou esse centro de pesquisa várias vezes.

Os cientistas começaram a observar um aumento de atividades sísmicas na nova área de erupção em meados de fevereiro de 2021.

“Mais de 34.000 terremotos, com magnitudes até 5,7, foram registrados nas duas primeiras semanas.

A média é de apenas 1.000 a 3.000 por ano na região”, comentou Bastien.

As probabilidades de uma erupção estavam aumentando a cada dia, pois a atividade sísmica era contante no mês de março.

“Os cientistas interpretaram essa atividade como um influxo de magma em terrenos mais rasos, e isso estava criando uma nova câmara magmática em forma de dique”, explicou Bastien.

Finalmente, no dia 19 de março, às 20 h 45, horário local, uma nova erupção ocorreu, perto de uma montanha denominada Fagradalsfjall, ao longo de uma fenda de 200 metros de comprimento. As primeiras observações, realizadas por helicóptero, relataram pequenas fontes de lava e fluxos de lava que avançavam lentamente.

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