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Mike Stewart é o especialista em domínio técnico de geologia da Seequent e um dos poucos sortudos que sabia exatamente que caminho queria seguir depois da graduação. Ele teve uma carreira de sucesso no setor de minerais ao longo de mais de três décadas e conquistou uma reputação no setor como um especialista com amplo conhecimento de geologia, geoestatística e mineração.

Quando Mike fala, as pessoas querem ouvi-lo. A equipe Seequent Unearthed conversou com ele para conhecê-lo melhor.

Olá, Mike! Obrigado por reservar um tempo para esta entrevista. Para começar, qual é o segredo para uma carreira longa e gratificante?

Trabalho duro, sorte e uma família que apoie. Esses são os três fatores essenciais que contribuíram para minha carreira. Além disso, continuei aberto a novas experiências, fui curioso e nunca parei de fazer perguntas. E ser autodidata é importante. Tudo isso ajuda a manter o trabalho interessante, o que tem sido uma constante na minha carreira.

Quais são alguns dos avanços em geoestatística aplicada que mais o entusiasmam?

A modelagem de incertezas precisa ser completamente repensada. Algoritmos para modelagem de incertezas estão disponíveis há décadas, mas sua adoção tem sido lenta. Em grande parte, isso ocorre porque a criação de modelos de incertezas é considerado um assunto para especialistas, em que modelos são cuidadosamente criados em uma série de etapas sequenciais. Em vez disso, precisamos nos concentrar nos usos da simulação e facilitar a criação e validação de modelos de incertezas adequados, adaptados para problemas específicos em que a quantificação das incertezas pode melhorar significativamente a tomada de decisão. E sejamos sinceros, o processo exaustivo de modelagem e adaptação de variogramas deveria ser coisa do passado. Esse processo também deve ser invertido para apresentar ao usuário modelos de variograma geologicamente plausíveis que não contradigam os dados disponíveis e possibilitem testar a sensibilidade à escolha de modelo.

A photo of Mike Stewart, the Technical Domain Expert for Geology at Seequent.

Especialista em domínio técnico, geologia, Seequent, Mike Stewart

Você desempenhou um papel fundamental na formação e condução do futuro do Leapfrog Edge, que está no mercado há cerca de sete anos. Como o fluxo de trabalho de estimativa de recursos da Seequent evoluiu desde o seu início?

Com o Edge, pretendemos trazer a mesma revolução para a estimativa de recursos que o Leapfrog Geo trouxe para a modelagem geológica: um software robusto, intuitivo, fácil de aprender, altamente visual e dinamicamente integrado.

A primeira versão do Edge foi, na verdade, uma espécie de protótipo, que pegou o conceito simples de estimativa por domínio e o integrou a todas as ferramentas necessárias para executá-lo em um único objeto. Ele funciona muito bem para estimativas com apenas um pequeno número de domínios e variáveis, mas exige muitos cliques para estimativas de recursos mais realistas, com múltiplos domínios e variáveis. O que temos buscado é criar interfaces que facilitem a configuração e o gerenciamento desses cenários mais complexos. Fizemos progressos significativos e ainda há muito por vir.

A Seequent também tem trabalhado para estabelecer as bases para a próxima geração de ferramentas de modelagem, criando uma plataforma de computação na nuvem totalmente integrada. O Evo é peça-chave em nossa estratégia para entregar um pacote completo de modelagem geoestatística, unindo as soluções de desktop já consolidadas ao poder e à flexibilidade da nuvem e da automação por scripts.

Parece que você gosta de um bom problema para resolver. Como a tecnologia moldou a sua carreira?

Foi muito emocionante receber meu primeiro laptop no British Geological Survey, embora ele tivesse cerca de 16 KB de RAM. Ele servia apenas para processamento de texto, mas foi um grande avanço passar de um mainframe para um laptop no início dos anos 90. Mas a tecnologia que me deu a melhor oportunidade de aprendizado foi a que usei na mina Macraes de OceanaGold. Tínhamos sete perfuratrizes e estávamos executando um enorme programa de perfuração com a intenção de triplicar o tamanho do recurso. Fui contratado como geólogo computacional, tendo demonstrado alguma aptidão, e fiquei encarregado de converter interpretações seccionais em modelos de wireframe em 3D usando o Minesite3D, que era o que havia de mais moderno na época. Consegui fazer isso em uma estação de trabalho da Silicon Graphics que, na época, custava tanto quanto uma casa. Foi um ponto de virada na minha carreira porque pude usar a capacidade de pensar geologicamente em 3D e traduzi-la em representações computacionais.

Qual é o seu melhor conselho para acompanhar o ritmo das mudanças em nosso mundo em rápida evolução?

Conheça o assunto. Minha carreira foi construída sobre uma sólida formação geológica. Eu tive a sorte de ter passado a vida toda em uma única área. Terminei a faculdade decidido a estudar geologia e continuei na área durante toda a minha carreira, o que é meio louco. Meu pai era professor de geografia e gostava de rochas. Eu gostava dessa “história de detetive”. Ter uma base sólida nessa ciência e uma base geológica muito forte é a estrutura a partir da qual se constrói conhecimento, e ser bem informado é essencial para ser relevante na era da inteligência artificial. As máquinas são ferramentas que ajudam a automatizar algumas tarefas e a reduzir sobrecarga de trabalho, mas elas ainda não pensam por nós. E se você deixar, será por sua conta e risco.

A coisa mais útil que fiz na universidade foi estudar filosofia da ciência, especificamente a história de como surgiu o pensamento científico em relação à geologia. O pensamento crítico que adquiri foi uma habilidade extremamente importante de aprender e continua sendo até hoje. Amplo conhecimento e pensamento crítico não são coisas que serão substituídas pela inteligência artificial nem pelo aprendizado de máquina. Além disso, é preciso compreender os dados que são fornecidos para a inteligência artificial, formular claramente as perguntas que fazemos, avaliar e saber aproveitar suas respostas e determinar se esses insights são realmente úteis ou reais.

Sua carreira teve muitos pontos altos, mas há algum ponto baixo que você gostaria de compartilhar?

Fiz uma apresentação que foi um verdadeiro desastre, para um público de cerca de 150 alunos de geologia que visitaram o British Geological Survey quando eu trabalhava lá. Eu deveria fazer uma breve apresentação sobre algo como mapeamento geológico. Porém, fiquei completamente confuso com o conteúdo, a profundidade e a apresentação em si. Foi a primeira vez que me apresentei para um público tão grande. Eu não ensaiei antes e fiquei sem saber o que dizer. Foi um daqueles momentos em que você só quer que o chão se abra para você sumir. Uma pessoa interveio e me salvou. Fiquei muito tempo sem fazer outra apresentação e, quando fiz, ensaiei antes.

O que você faz para se desconectar do trabalho?

Temos 4 hectares de pasto muito degradado na serra e estamos tentando recuperá-lo. Até o momento, plantamos de 8.000 a 9.000 plantas nativas e chegaremos a 10.000 ainda este ano. A maior parte da propriedade não é acessível de carro, então temos que carregar tudo por um longo caminho. É puxado, mas é muito gratificante. E temos dois golden retrievers que nos mantêm ocupados (e felizes).

Tem algum livro ou podcast favorito que você recomendaria?

Gosto de ler romances, contanto que sejam curtos e bem escritos. A autora Lucia Berlin escreveu uma coleção incrível de contos chamada A Manual for a Cleaning Woman: Selected Stories. Parecem pequenos diamantes, de tão cristalinos e lindos. Gosto de podcast de história e já ouvi uns 300 episódios dos podcasts The History of Rome e Revolutions do Mike Duncan.

Qual dispositivo tecnológico você comprou recentemente e gostou?

Dado o tamanho e a localização exposta da nossa propriedade, eu gosto bastante dessas torneiras com temporizador, que permitem programar a frequência da rega. E eu adoro minhas caixas acústicas ativas dinamarquesas (Buchardt A500), combinadas com um serviço de streaming em alta definição (Tidal).

Entre em contato com o Mike no LinkedIn aqui

* Mike é mestre em Ciências (com excelente desempenho acadêmico) em geologia pela Universidade de Canterbury, pós-graduado em geoestatística pela Ecole des Mines de Paris, Fontainebleau, além de ser palestrante de eventos do setor. Atualmente, ele é membro do Instituto Australasiano de Mineração e Metalurgia (AusIMM) e do Instituto Australiano de Geólogos, além de ser membro do comitê da Conferência sobre estimativas de recursos minerais 2025. Ele é ex-secretário da filial da AusIMM na Nova Zelândia.

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